












QUANDO COMEÇEI A FOTÓGRAFAR IMAGINEI O QUE ESCREVERIA PARA DESCREVER ESSAS IMAGENS, MAS ALÍ ESTAVA UM ESPETÁCULO GRATUÍTO QUE NÃO PRECISAVA DE PALAVRAS PARA SEREM DESCRITAS.

A análise de “janela da alma” é um documentário que nos faz refletir como a deficiência visual proporciona outro tipo de visão, fazendo com que o espectador possa ter diversos olhares para uma só perspectiva. Como a deficiência, da miopia ou da cegueira total gera o medo, a vergonha que os portadores têm em relação aos demais (não portadores) e de como essas pessoas com deficiência visual podem vencer tais barreiras e incômodos, construindo assim um aprendizado mútuo. O documentário muito bem feito com atores, cineastas, compositores que se vêem como pessoas normais, que trabalham que se mostram e revelam o seu aspecto relacionado à visão. O título do documentário mostra pessoas de varias nacionalidades e isso faz com que o filme mostre pensamentos de diversas culturas. Além disso, mostra os diferentes pontos de vista das pessoas com estilos de vida diversos. O personagem mais interessante era o fotógrafo que vê o mundo através da sua câmera ainda que ele seja cego. O filme é um ótimo exemplo para nos mostrar que a visão não depende somente dos olhos materiais, mas mais sim do nosso interior que se expõe quando a janela se fecha.

"Primeiro é preciso pensar no respeito com o outro. Na maioria dos lugares que eu vou fotografar, bastante no interior, as pessoas te recebem quase como que você fosse da família. Você é muito bem recebido. E chega a ficar até assustado. Então, a partir do momento que as pessoas se abrem, abrem a casa, o coração, a vida, você também tem que ter muito cuidado. Tem que ser recíproco, você também tem que corresponder. Então, no fundo, esse diálogo, a coisa de conversar, é fundamental”
“Através de um evento de fotografia promovido pela Funarte - Semanas Nacionais de Fotografia – foi que eu percebi que existiam pessoas discutindo fotografia, pensando fotografia. Aí isso me despertou mais ainda para esse universo. Então eu fui, aos poucos, deixando a Engenharia e mergulhando realmente de cabeça na fotografia. E com o objetivo principal de fazer um trabalho sobre aquele meu desejo maior, sobre aquele universo de Juazeiro do Norte, onde eu nasci”.
Nascida a 25 de Outubro de 1975, Ângela Mendes Ferreira é portuguesa, reside em Braga e trabalha no Porto. É Mestre em Multimedia e Novas Tecnologias pela Escola de Belas Artes de Utrecht- Holanda e Licenciada em Direito pela Universidade do Minho em Braga, onde exerceu Advocacia e cursou Fotografia.